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Desafios da segurança para territórios extensos

Diferentemente da proteção de ambientes internos, garantir a segurança em grandes áreas externas apresenta desafios distintos no que tange a recursos e estratégias.

Equipamentos, insumos, matérias-primas, instalações e perímetros estão no rol de ativos que necessitam de proteção, exigindo soluções múltiplas e avançadas para garantir eficácia contra roubos, invasões, incêndios criminosos, entre outros danos.

A boa notícia é que cada vez mais o desenvolvimento de tecnologias tem se estendido também para aumentar a segurança de áreas rurais, entregando mais eficiência e resultados para as operações.

Desafios de segurança em áreas rurais

Os perímetros rurais normalmente se estendem por muitos quilômetros quadrados, com as mais variadas condições de topografia, o que representa um grande desafio de segurança em grandes áreas. Podem ter vegetação densa, áreas alagadas e rios, muitas vezes inacessíveis para veículos e até pessoas, dificultando ou impedindo a visualização segura e completa do espaço.

A comunicação em áreas remotas também é complexa. A transmissão de dados e sinal, dependendo da localização, exige equipamentos e soluções diferenciadas e, muitas vezes, de maior custo.

A utilização de tecnologias em grandes áreas também apresenta obstáculos. Durante o dia, o sol e o calor podem danificar mais facilmente os equipamentos ou causar problemas que encurtem sua vida útil. Durante a noite, com a visibilidade reduzida, as soluções exigem visão noturna ou suporte com iluminação extra. Em momentos de chuva ou vento, as estruturas de muitos aparelhos não são robustas e resistentes o suficiente para operar por muito tempo sem danos. Conexões e vedações que sofrem mais com a ação do tempo exigem manutenção preventiva periódica, além de correrem mais risco de apresentar avarias e falhas.

Durante a primeira edição de 2024 do Security Talks, evento promovido pela Avantia no mês de junho, foi realizado um painel sobre a segurança em grandes áreas. Os profissionais Diego Almeida, líder regional de Segurança da Bayer Crop Science, Paulo Henrique da Silva, gerente Brasil de Segurança Empresarial da Gerdau, e André Luiz, consultor de Segurança da ADM, compartilharam suas experiências e desafios em relação à proteção perimetral de áreas extensas e abertas.

Diego Almeida relatou uma das grandes dificuldades que enfrenta no monitoramento de áreas rurais da Bayer, que são, em sua maioria, ermas. “As entidades de segurança pública não estão presentes nessas áreas. A reação é demorada”. O líder de segurança ressaltou ainda a importância de ter um plano estruturado para as áreas mais sensíveis que observe as características e diferentes critérios de proteção.

Em contrapartida, Paulo Henrique mencionou operações da Gerdau em grandes áreas, mas que estão próximas de cidades e da população. “Temos uma mina que está alocada no meio de uma comunidade. Neste caso, há outras variáveis e ameaças que, em uma situação normal, de grandes áreas rurais, não existem”, enfatizou.

A sinergia com os demais departamentos da empresa também foi ponto de destaque na fala de Paulo. “Há problemas de segurança em grandes áreas que são complexos e não conseguimos resolver sozinhos. É preciso união com diversos setores da companhia e da sociedade”

Quando o monitoramento de perímetros abrange áreas internacionais, a legislação pode dificultar a adoção de algumas tecnologias, como frisou André Luiz, consultor da ADM. “Em determinados países não conseguimos usar drones, por exemplo, devido à legislação”.

Tecnologias para proteção de grandes perímetros

As evoluções tecnológicas são essenciais para apoiar e facilitar a segurança em grandes áreas, especialmente quando atuam de forma integrada a recursos já existentes nas organizações.

Cabe a cada negócio encontrar e aplicar as melhores soluções para cada necessidade ou projeto, encontrando o melhor custo benefício. “Os gestores precisam entender do negócio, das operações, compreender a cadeia de valor onde a segurança está inserida e buscar os elos nos quais o projeto de segurança, embora represente inicialmente uma despesa, possa refletir positivamente nos resultados da empresa”, corroborou Diego, da Bayer.

Entre as principais tecnologias usadas para entregar mais segurança em grandes áreas na Gerdau, conforme destacou Paulo, estão: drones, alarmes e sensores, radares, cercas, câmeras – com a utilização de analíticos de vídeo para gerenciar as imagens – e monitoramento via satélite. “Usamos amplamente drones para fiscalização de grandes áreas de mineração, onde lidamos com furto de minério. É uma alternativa para não expor o time de segurança, temos informação em tempo real e ainda contamos com a vantagem do equipamento nos dar visão de áreas que não conseguiríamos chegar de carro, por exemplo”.

Nas soluções com câmeras de videomonitoramento, a aplicação de analíticos de vídeo pode ser customizada para atender a diversas necessidades, preenchendo diversas lacunas de segurança e justificando o investimento.

André Luiz reforçou os resultados entregues por algumas tecnologias. “Não há dúvidas de que drones e radares, por exemplo, salvam vidas, poupam esforços e recursos. São elementos de inteligência, que vão reconhecer o espaço e trazer informações sem precisar mandar uma pessoa até o local. Muitas vezes estamos falando de áreas inóspitas”

Na Bayer, Diego mencionou uma gama de soluções que também oferecem mais segurança para perímetros extensos. “Os maiores resultados que temos obtido hoje em termos de proteção são com tecnologias como câmeras, IoT e análises de dados, que têm colaborado não só para a segurança, mas nos munindo de informações importantes que auxiliam na tomada de decisão em vários departamentos”.

Vale destacar que não há uma única solução que entregue segurança completa para grandes áreas. É fundamental analisar os riscos de cada operação e ambiente e ter clareza dos problemas que necessitam ser solucionados ou evitados. O uso simultâneo de tecnologias poderá garantir proteção ampla e reduzir a efetividade de possíveis ameaças.

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