A aceleração digital somada às crescentes tentativas de ciberataques estão levando empresas de todos os setores a buscarem por tecnologias que possam aumentar a segurança de seus dados e transações online de seus usuários.
Ainda mais que criminosos digitais estão constantemente aprimorando técnicas e desenvolvendo estratégias para violar sistemas ou deixar infraestruturas críticas offline, se aproveitando das vulnerabilidades das aplicações.
Somente em 2022, o Brasil sofreu mais de 103 bilhões de tentativas de ataques na web. O levantamento, do FortGuard Labs, mostra ainda que o país ficou atrás apenas do México na América Latina, sendo o segundo alvo mais visado pelos criminosos.
Uma das formas mais comuns de ciberataque é o roubo de conta. Um levantamento da AllowMe, empresa de cibersegurança e identidade digital, mostrou que 72% das fraudes na internet no Brasil são relacionadas a roubo de conta. A cada minuto, há uma tentativa de roubo de perfil em nosso país.
Como aumentar a segurança dos dados
Os avanços da LGPD e os constantes debates sobre privacidade estão levando empresas e usuários a tomarem, cada vez mais, medidas preventivas aos riscos da exposição de dados ou centralização de transações na web. Outro fator que corrobora o aumento dos cuidados é o custo para recuperar informações roubadas e a dificuldade para resolver os problemas que um ciberataque pode gerar.
O desenvolvimento de inovações e a oferta de soluções abrangentes capazes de frear as ameaças digitais torna-se, portanto, imprescindível para aumentar a segurança de contas e dados.
Um exemplo de tecnologia nesse sentido – que vem ganhando cada vez mais aplicações – é a biometria, uma das formas mais seguras para identificar pessoas, além de ser muito prática para o usuário. Por ser difícil de falsificar, é também uma barreira eficaz contra fraudes e tentativas de ciberataques.
O que é e quais os principais tipos de biometria
As tecnologias biométricas, diferente de senhas ou tokens, utilizam nossas características físicas e comportamentais como identificadores digitais. Esses traços são interpretados por softwares com a finalidade de reconhecer alguém (comparando com identidades previamente cadastradas em banco de dados) ou confirmar a autenticidade de um usuário.
Algumas aplicações da biometria são: controle de acesso a espaços restritos, identificação de criminosos e impedir que pessoas não autorizadas acessem informações sigilosas em sistemas ou aplicativos.
Entre os principais sistemas de autenticação biométrica podemos citar:
- Impressão digital: Embora seja a tecnologia biométrica mais antiga, é altamente confiável e tem baixo custo de implementação. O método continua sendo muito utilizado sozinho ou combinado com outras formas de biometria.
- Varredura de íris: Assim como a digital, o olho humano é único em cada um de nós, o que garante alta confiabilidade do método. Uma das grandes vantagens do reconhecimento de íris (parte colorida do olho humano) é a ausência de contato durante a digitalização e o fato de ela não mudar à medida que a pessoa envelhece.
- Reconhecimento facial: Identifica e analisa a probabilidade de um rosto ser correspondente a outro que tenha sido anteriormente cadastrado em uma base de dados, informando se as duas imagens (a que foi identificada e a que está cadastrada) pertencem à mesma pessoa.
- Autenticação facial: Essa tecnologia funciona como uma espécie de senha, que utiliza o reconhecimento da face para validar a identidade ou cadastro do usuário, permitindo ou negando acesso a determinado aplicativo, dispositivo ou ambiente físico. É uma das principais tendências no setor de pagamentos.
A autenticação multifator e a multibiometria – modelos que envolvem a combinação de mais etapas para garantir a segurança dos dados e usuários – também têm sido utilizadas como alternativas para ampliar a proteção digital e evitar a efetividade dos ataques virtuais.
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