Segundo uma pesquisa realizada pela Avantia – empresa de tecnologia para monitoramento de processos e segurança – com organizações de diversos segmentos no Brasil, a segurança cibernética, incluindo proteção de dados e ataques por hackers, é considerada por 34% dos entrevistados como um dos principais desafios da área operacional.
A aceleração digital somada às crescentes tentativas de ciberataques podem ser considerados fatores propulsores de buscas por tecnologias focadas em aumentar a segurança de dados corporativos e transações online. De acordo com o levantamento, aproximadamente 38% das empresas estimam destinar investimentos para integração entre segurança física e cibernética e 26% informaram que pretendem investir em soluções de cybersecurity, como proteção de rede, sistemas de monitoramento automatizados e detecção de fraudes.
Uma das formas mais comuns de ciberataque é o roubo de conta. Um levantamento feito pela AllowMe, empresa de cibersegurança e identidade digital, divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, mostrou que 72% das fraudes na internet no Brasil são relacionadas a roubo de conta.
Como aumentar a segurança dos dados
Os avanços da LGPD e os constantes debates sobre privacidade estão levando empresas e usuários a tomarem, cada vez mais, medidas preventivas aos riscos da exposição de dados ou centralização de transações na web. Outro fator que corrobora o aumento dos cuidados é o custo para recuperar informações roubadas e a dificuldade para resolver os problemas que um ciberataque pode gerar.
O desenvolvimento de inovações e a oferta de soluções abrangentes capazes de frear as ameaças digitais torna-se, portanto, imprescindível para aumentar a segurança de contas e dados.
Um exemplo de tecnologia nesse sentido – que vem ganhando cada vez mais aplicações – é a biometria, uma das formas mais seguras para identificar pessoas, além de ser muito prática para o usuário. Por ser difícil de falsificar, é também uma barreira eficaz contra fraudes e tentativas de ciberataques.
Thales Strongren, coordenador de engenharia de soluções da Avantia, destaca a importância de recursos que permitem a identificação e a autenticação dos usuários a partir da biometria. “Nós investimos constantemente no desenvolvimento de projetos que abarcam o reconhecimento biométrico. Além de reforçar a segurança patrimonial, a tecnologia é considerada uma das mais eficientes para aumentar a proteção de dados, uma vez que limita em uma única forma o acesso às informações e conta, ainda, com mecanismos capazes de monitorar e comprovar possíveis tentativas de invasão”, explica.
O que é e quais os principais tipos de biometria
As tecnologias biométricas, diferente de senhas ou tokens, utilizam nossas características físicas e comportamentais como identificadores digitais. Esses traços são interpretados por softwares com a finalidade de reconhecer alguém (comparando com identidades previamente cadastradas em banco de dados) ou confirmar a autenticidade de um usuário.
Algumas aplicações da biometria são: controle de acesso a espaços restritos, identificação de criminosos e impedir que pessoas não autorizadas acessem informações sigilosas em sistemas ou aplicativos.
Entre os principais sistemas de autenticação biométrica estão:
Impressão digital: Embora seja a tecnologia biométrica mais antiga, é altamente confiável e tem baixo custo de implementação. O método continua sendo muito utilizado sozinho ou combinado com outras formas de biometria.
Varredura de íris: Assim como a digital, o olho humano é único em cada indivíduo, o que garante alta confiabilidade do método. Uma das grandes vantagens do reconhecimento de íris (parte colorida do olho humano) é a ausência de contato durante a digitalização e o fato de ela não mudar à medida que a pessoa envelhece.
Reconhecimento facial: Identifica e analisa a probabilidade de um rosto ser correspondente a outro que tenha sido anteriormente cadastrado em uma base de dados, informando se as duas imagens (a que foi identificada e a que está cadastrada) pertencem à mesma pessoa.
Autenticação facial: Essa tecnologia funciona como uma espécie de senha, que utiliza o reconhecimento da face para validar a identidade ou cadastro do usuário, permitindo ou negando acesso a determinado aplicativo, dispositivo ou ambiente físico. É uma das principais tendências no setor de pagamentos.
A autenticação multifator e a multibiometria – modelos que envolvem a combinação de mais etapas para garantir a segurança dos dados e usuários – também têm sido utilizadas como alternativas para ampliar a proteção digital e evitar a efetividade dos ataques virtuais.
Matéria publicada no Estadão Conteúdo, para ler na íntegra clique aqui!