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Segurança eletrônica cresce 18% no Brasil

17 Maio 2023 Mercado Financeiro

As expectativas para 2022 se concretizaram, superando a expansão de 14% em 2021

A ABESE (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança) apresentou, em abril, o relatório Panorama do Mercado, que trouxe detalhes sobre o crescimento do setor no Brasil. O segmento fechou 2022 com faturamento de aproximadamente R$ 11 bilhões, o que representa 18% de expansão, superando o percentual de 2021 (14%).

A evolução da Inteligência Artificial, e suas aplicações, bem como o avanço do 5G, são fatores que impulsionaram a crescente do setor. A adesão por portarias remotas nos condomínios também influenciou o resultado.

Para os próximos anos, projetos voltados para cidades inteligentes devem ocupar cada vez mais espaço no mercado de segurança eletrônica e contribuir ainda mais para o seu crescimento.

Segurança eletrônica no mundo

O tamanho do mercado global de segurança eletrônica, segundo dados do IMARC Group, atingiu US$ 57,7 bilhões em 2022.

A busca por sistemas de segurança eletrônica em shoppings, imóveis residenciais e edifícios comerciais para controle de acesso, vigilância, detecção de incêndio, entre outros, são alguns destaques que impactaram no crescimento do setor.

A previsão é que, até 2028, o mercado mundial atinja US$ 85,2 bilhões.

Inteligência Artificial orientando a tomada de decisão

Algumas tendências devem continuar movimentando o mercado de segurança eletrônica, trazendo inovações e novos produtos. Entre elas, tecnologias capazes de analisar grandes quantidades de dados e imagens, bem como identificar padrões que possam indicar potenciais ameaças.

Estamos falando da Inteligência Artificial, que, com os recursos como aprendizado de máquina e visão computacional, tornam o processo de segurança ainda mais versátil e eficiente.

Aplicações inteligentes não são novidade em sistemas de segurança eletrônica, mas devem se fortalecer ainda mais ao longo dos próximos anos. Especialmente porque as soluções inteligentes não se limitam a detectar ameaças ou comportamentos suspeitos, mas também apoiam outros departamentos estrategicamente – como marketing, vendas, qualidade, etc. – e de maneira autônoma.

Além disso, possibilitam a coleta de dados, cada vez mais disponíveis graças aos sistemas digitalizados, orientando a tomada de decisão guiada por análises avançadas. Desta forma, permitem às organizações respostas proativas aos eventos, não somente no setor de segurança, mas também em outras operações e processos e, até mesmo, na redução do custo operacional.

Essa imensidão de dados é resultado de um mundo cada vez mais digital. A tendência é que tenhamos ainda mais dados estruturados disponíveis com o passar dos anos, o que impulsionará o mercado, especialmente o ramo da IA chamado Machine Learning (aprendizado de máquina), quando sistemas aprendem com conjuntos de dados, podendo processar novas respostas ou até mesmo prever tendências a partir das informações obtidas.

Dados do relatório Artificial Intelligence: In-depth Market Insights & Data Analysis, publicado pelo Statista, mostram que a receita do mercado de softwares de inteligência artificial deve atingir US$ 71 bilhões em 2023.

Ainda de acordo com o estudo, esse setor deve crescer de maneira acelerada nos próximos anos, acumulando 35% ao ano até 2025, quando deverá atingir o valor de US$ 126 bilhões.

Privacidade dos dados

A crescente quantidade de dados no universo digital exige que as regulamentações acerca da proteção de dados se tornem mais rigorosas à medida que o desenvolvimento de tecnologias avançam. De acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), mais de 70% dos países do mundo já promulgaram legislação específica para proteção e privacidade de dados e outros cerca de 10% estão com projetos sobre o tema em andamento.

No Brasil, as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (Nº 13709) já orientam quanto às adequações necessárias para garantir a segurança das informações dos usuários. A cibersegurança, portanto, assim como a privacidade das informações, continuarão sendo não só tendências, mas prioridades das empresas.

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