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ESG em empresas de segurança

17 mar 2023 Eventos, Security Talks

Executivos discutem a importância de fomentar a diversidade de profissionais no setor

ESG, a sigla originária do inglês – Environmental, Social and Governance -,  ganha cada vez mais relevância nas organizações, especialmente em médias e grandes empresas. Isso porque sólidas estruturas de sustentabilidade ambiental, social e boa governança são critérios que conferem às companhias valor de mercado, atraem investidores e parceiros de negócios.

O setor de segurança eletrônica tem se dedicado ao desenvolvimento de políticas favoráveis ao meio ambiente e à inclusão social. Com foco em trazer à luz os conceitos em pauta no segmento, o Security Talks 2023 apresentou o painel ‘ESG na Segurança’, com os participantes Tatiana Scatena Valle, da 99, Claudionor Alves, do Carrefour, e Erika Zanete, da TIM. Juntos, os conferencistas abordaram a diversidade dos profissionais da área, bem como os desafios para avançar nesse quesito.

“O mercado exige capacidades específicas que os profissionais de base muitas vezes não têm, como inglês, graduações, cursos da área. Cabe a nós, como líderes, a responsabilidade de direcionar essas pessoas. A mão de obra qualificada é um dos maiores desafios do setor de segurança”, disse Tatiana Scatena Valle.

Para trazer os melhores resultados aos projetos, Erika Zanete ressalta a importância da diversidade de pensamento no ambiente corporativo. “Reunir pessoas com ideias e vivências diferentes em um projeto de arquitetura, por exemplo, é essencial. É importante contar com uma equipe de campo com concepções diversas das nossas. Não fazemos nada sozinhos. Eu não faço nenhuma definição em um projeto importante sem consultar a visão do time, que é totalmente diferente das dos líderes e dos gestores que estão no escritório.”

Claudionor Alves também destacou a responsabilidade das empresas de segurança, assim como de outros setores, para a reparação social das pessoas pretas no mercado de trabalho, especialmente em posições executivas. “O Brasil passou pela escravatura há 136 anos, a Lei Áurea marcou muito a trajetória dos negros –  que ao longo do tempo perderam a identidade. Mas mesmo com a abolição, eles ficaram nas senzalas por falta de alternativas viáveis de subsistência.  O governo fez muito pouco para reparar esse tempo e, agora, vivemos um momento em que temos que olhar com prioridade para essas pautas, em busca de um ambiente corporativo mais diverso e agregador”, disse, durante o painel.

Uma pesquisa feita pela Korn Ferry Consultoria, divulgada em novembro de 2022, ratifica as considerações expostas no segundo debate do Security Talks. De acordo com o levantamento, mesmo com as políticas de diversidade em alta nas organizações, principalmente em países desenvolvidos, somente quatro dos 500 CEOs listados na revista Fortune são pretos, representando menos de 1% do total.

No Brasil, entre as 73 empresas que participaram do processo seletivo do Índice de Sustentabilidade Ambiental da B3 (ISE), em 2021, 79% tinham até 11% de líderes negros, sendo que 78% destas afirmaram ter de 0 a 11% em cargos C-level (CEOs, COOs, CFOs, entre outros).

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