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Precauções na aviação civil

05 mar 2025 Artigos, Noticias, Segurança Eletrônica, Tecnologia de Segurança

O uso de tecnologias abarcadas com inteligência artificial permite não somente mais proteção aos espaços físicos e às pessoas, mas também aprimoram a eficiência de processos no segmento.  

A indústria da aviação é uma das mais reguladas do mundo. Inúmeros órgãos, sendo o principal deles, no Brasil, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), regulamentam e fiscalizam as atividades das companhias aéreas e a infraestrutura aeronáutica e aeroportuária. 

A exigência de medidas de segurança é uma das premissas principais dos órgãos reguladores para proteger as operações da aviação civil contra ações ilegais, garantindo a integridade de passageiros, colaboradores das companhias aéreas, tripulantes, animais, bagagens, objetos e equipamentos. 

Além das regras impostas pelos órgãos reguladores, cada companhia aérea pode aprimorar seus processos de segurança, desde que a implementação dessas melhorias sejam previamente autorizadas por essas instituições. 

É importante lembrar que, no universo da aviação civil, a segurança tem dois vieses: safety, ou seja, aquilo que não é intencional e que está ligado à segurança operacional, e security, relacionado a atos ilícitos. 

Outra prioridade da aviação civil é o tempo, um item diretamente relacionado à eficiência operacional. Esse quesito impacta diretamente na satisfação dos usuários, bem como na prosperidade e nos resultados das companhias aéreas. 

Tecnologias aliadas a safety e security  

A evolução tecnológica permitiu o desenvolvimento de inovações substanciais em diversos dispositivos de segurança. Equipamentos modernos permitem acompanhamento, controle, detectam anomalias e possibilitam a análise de padrões com base em dados coletados pelos dispositivos, auxiliando na tomada de decisões ou na necessidade de mudanças estratégicas. 

As câmeras de monitoramento são um exemplo clássico que pode ser aplicado a qualquer segmento, incluindo a aviação civil. Com aplicações de inteligência artificial e analíticos de vídeo, além da exibição das imagens, podem detectar e alertar em tempo real: 

  • Invasões de perímetro; 
  • Comportamentos suspeitos; 
  • Objetos abandonados (perigo de explosivos); 
  • Acesso de pessoas e veículos em áreas restritas; 
  • Entre outros. 

Essa inteligência das câmeras fixas pode também estar presente em drones, que possibilitam mais agilidade no monitoramento de áreas extensas e de difícil acesso. 

Os sistemas de controle de acesso também estão cada vez mais modernos. Embora ainda existam e sejam usados modelos com senhas, tags ou cartões para autorizar a entrada de pessoas e veículos em ambientes controlados, a inteligência artificial pode estar presente para elevar o nível de segurança da aviação civil em áreas restritas. Entre as alternativas estão a leitura de impressão digital, íris e o reconhecimento facial, que são consideradas alternativas mais seguras. 

Existem ainda medidas que permitem aprimorar as barreiras para detecção de explosivos, prevenindo atos que possam colocar em risco pessoas e patrimônios nas infraestruturas aeroportuárias. 

Case Azul no Security Talks: mais segurança e eficiência  

A Azul Linhas Aéreas é cliente da Avantia e já realizou alguns projetos com o objetivo de aprimorar a segurança de suas instalações e melhorar a eficiência de suas operações de aviação civil. 

Um deles foi o projeto de segurança inteligente desenvolvido em um dos maiores hangares da América Latina, localizado no aeroporto Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo. O local serve como centro de manutenção de aeronaves. 

Diversos recursos tecnológicos foram implementados para garantir a segurança física de colaboradores, tripulantes e do patrimônio. O local conta com sistemas de vídeo monitoramento e câmeras tipo Fisheye, multisensor 180º, multisensor 360º, PTZ (Pan-Tilt-Zoom), além de dome, bullet com analíticos de vídeo que controlam o acesso de pessoas e veículos – automaticamente com ajuda da Inteligência Artificial – além de gerar alarmes que indicam a abertura e fechamento de portões ou a invasão de perímetro. Tudo isso integrado a uma central de monitoramento, que recebe alertas em caso de não conformidades e aciona as equipes de segurança se necessário. Essa central monitora não somente a segurança do hangar, mas passou a ser a CIA – Central Integrada Azul,  monitorando todas as unidades da companhia. 

“Nosso hangar fica na divisa entre uma área pública e outra restrita do aeroporto de Viracopos, onde concebemos um zoneamento entre áreas que, com o auxílio dos recursos tecnológicos embarcados em nosso projeto de implantação de segurança, garantimos o mesmo nível de segurança exigido por regulamentações do setor e entre os órgãos envolvidos, como ANAC, Polícia Federal, Receita Federal e a administradora aeroportuária ABV”, conta José Monteiro, Coordenador de Segurança Patrimonial da Azul. 

Com a tecnologia aplicada nas operações, a Azul conseguiu ampliar a capacidade do espaço físico em frente ao Hangar, que também serve para taxiamento e manobras de aeronaves, mantendo o local como área controlada. 

No pilar eficiência operacional, a WeSafer – unidade digital independente da Avantia, empresa de tecnologia para monitoramento de processos e segurança, também desenvolveu um projeto específico para a Azul. O objetivo era reduzir ao máximo o turnaround – tempo dos aviões parados em solo. Para atingi-lo, foi implementada a solução Wesafer OTP (On-Time Performance), desenvolvida de forma customizada para o cliente, com mais de 50 mil imagens de treinamento em sua rede neural e que utiliza Inteligência Artificial (IA) para identificar tempos e movimentos reais das aeronaves em solo através de visão computacional.  

Com a utilização da ferramenta, que integra câmeras especiais, equipamentos de networking, algoritmos de inteligência artificial e soluções em nuvem, foi possível digitalizar as operações em rampa somente dos voos da Azul e reduzir os ciclos de tempo de retorno dos voos. São mais de 200 mil eventos registrados, que ocorrem ao redor da aeronave quando ela está estacionada, e mais de 15 mil operações de TAT (turnaround time) registradas desde o início da aproximação da aeronave no portão até o seu término, quando inicia o movimento de saída. 

A Azul foi apontada como a companhia aérea mais pontual do mundo, com quase 89% de chegadas no horário previsto, segundo o ranking de 2022, elaborado pela Cirium, que analisa dados globais do setor de aviação, e a implantação do WeSafer OTP, em uso desde setembro de 2022, é um dos motivos dessa conquista. “O uso de inteligência artificial automatiza a coleta de indicadores e métricas, e as imagens de vídeo foram transformadas em dados úteis e inteligentes”, explica Mauro De Lucca, diretor executivo da WeSafer. 

A Avantia possui expertise de mais de 25 anos de atuação com soluções de tecnologia para a área de segurança eletrônica, integração, análise inteligente de vídeo e infraestrutura de TI. Para conhecer as inovações oferecidas para a área da aviação civil, fale com nossos especialistas

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