Pela primeira vez realizado na Bahia, o evento levou inovação, tecnologia e networking para os profissionais da área de segurança do estado.
O dia 21 de agosto ficará marcado na história de Salvador, BA, e da Avantia. Nesta data, foi realizado o primeiro Security Talks no estado e o tema de abertura do evento não poderia ser mais atual: inteligência artificial generativa.
Mais de 250 pessoas participaram da edição, que compartilhou ainda conteúdos sobre inovação, transformação digital e cultura operacional de excelência.
Inteligência artificial generativa para segurança eletrônica
A realidade e o futuro da inteligência artificial foram abordados por
Teco Sodré, diretor de Negócios Digitais da WeSafer – braço digital da Avantia (integradora de soluções de tecnologia para a área de segurança eletrônica, análise inteligente de vídeo e infraestrutura de TI) -, na palestra que abriu os trabalhos do Security Talks Bahia. Ele destacou vários usos e aplicações possíveis da IA – tecnologia que vem crescendo exponencialmente nos últimos anos, especialmente nos últimos 2 anos, após o lançamento do ChatGPT ao mercado.
Em 1950, Alan Turing, pioneiro da ciência da computação e considerado o “pai da inteligência artificial”, já questionava se as máquinas poderiam, um dia, ser capazes de pensar. “Atualmente, nós estamos vivenciando a popularização de uma tecnologia que revoluciona a prática de vários processos e modos de produção”, enfatizou Teco, destacando que a sociedade é a maior responsável por guiar, de forma produtiva e segura, todas as tecnologias, inclusive a inteligência artificial.
Diante do fenômeno de crescimento das aplicações com IA, estará à frente, assim como aconteceu com tecnologias antecessoras à inteligência artificial, quem mais souber aproveitar o seu potencial para melhorar a performance das atividades do dia a dia. “A IA provoca uma economia de tempo produtivo médio, ou seja, cada vez vamos despender menos tempo nas atividades e reduzir o custo delas”, ressaltou Sodré.
Em uma rápida pesquisa com a plateia do Security Talks, foi possível constatar que mais de 90% dos presentes já utilizaram algum tipo de inteligência artificial generativa para auxiliar em suas rotinas.
Aplicações da inteligência artificial
O reconhecimento facial foi citado por Sodré como um exemplo de aplicação prática de aplicação da inteligência artificial. Para isso, são usadas técnicas de deep learning (aprendizagem profunda): um tipo de IA que ensina computadores a tomarem decisões com base em dados não estruturados e não rotulados.
A inteligência artificial é largamente utilizada pela WeSafer para entregar soluções aos seus clientes. É o caso da AI OTP (inteligência artificial on-time performance), desenvolvida para a Azul Linhas Aéreas, mas que pode ser utilizada em qualquer aeroporto.
A AI OTP ajuda a aumentar a eficiência e a pontualidade dos voos, uma vez que mede e monitora detalhadamente os tempos e movimentos, identificando e sugerindo, em tempo real, correções em ineficiências.
A tecnologia da WeSafer permitiu, por exemplo, reduzir o tempo dos aviões parados em solo por meio de análises em imagens de câmeras de monitoramento e atuação integrada com outros recursos, como equipamentos de networking, algoritmos de IA e soluções em nuvem. “Conseguimos proporcionar ao cliente reconhecer tudo o que está acontecendo quando a aeronave está parada, sem interferência humana, sem precisar de prancheta, sem utilizar celular, sem cliques e sem que alguém aperte botões”, frisou Sodré.
Outra aplicação que conta com inteligência artificial e que vem crescendo muito fora do campo privado são os carros autônomos. Nos Estados Unidos, em junho deste ano, foi autorizado um serviço de táxi autônomo na cidade de São Francisco. “Para se ter uma ideia da evolução, o veículo é capaz de detectar, por exemplo, que um caminhão está dando ré na direção do táxi e buzinar para alertar o outro motorista, caso ele não tenha visto o carro se aproximando”, contou Teco.
Nos últimos 13 anos, estima-se que pelo menos US$ 200 bilhões foram investidos em desenvolvimento de inteligência artificial e que, até 2030, mais US$ 200 bilhões serão destinados à evolução dessa tecnologia.
Há limites para a inteligência artificial?
“E se tivéssemos uma cointeligência disponível para perguntarmos sobre planos, metas, políticas, organização, normas de segurança e proteção?”. Teco Sodré fez essa pergunta, ao final de sua apresentação. Sua resposta não foi novidade: essa realidade já existe.
Trata-se da inteligência artificial generativa, cuja habilidade é ser “treinada” e “aprender” sobre qualquer assunto para, imediatamente após, nos ajudar no aprendizado daqueles temas.
Sabe-se que hoje a IA generativa já é capaz de não só de estudar tópicos variados, mas também de criar imagens, vídeos e conteúdos sobre os mais diversos e profundos assuntos. Esse potencial está, aos poucos, sendo incorporado também no universo corporativo. E as possibilidades são inúmeras. “Imagine utilizarmos a inteligência artificial generativa cotidianamente para treinamentos, avisos, melhorar nossas certificações, aumentar o volume de conteúdos que ajudem no aprendizado de todos”, provocou Sodré.
Para acompanharmos essa evolução e implantamos com sucesso, em grande escala, novas tecnologias, são necessárias mudanças culturais e no ecossistema como um todo. “São mudanças relacionadas a processos, pessoas, treinamentos, formas de utilização, etc. E os maiores desafios para isso acontecer envolvem construção global, estratégia de atuação e integração entre todos que farão uso das inovações”, finalizou.
Security Talks estará em Recife
O ano de 2024 contará com mais uma edição do Security Talks, a última deste ano. O evento acontecerá no dia 09 de outubro, no novo Recife Expo Center.
Inscreva-se agora, clicando aqui, e garanta seu lugar nesse encontro que reunirá grandes especialistas do setor de inovação e tecnologia na segurança eletrônica.