É comum acreditar que são necessários altos investimentos para a implementação de videomonitoramento inteligente e ou de sistemas eletrônicos inovadores. Atualmente, é possível aproveitar os equipamentos existentes, integrar legado com inovação e tornar Centros de Controles mais inteligentes. A tecnologia já oferece uma performance proativa com respostas automatizadas que sinalizam imediatamente uma ocorrência.Para isso, é preciso integrar soluções, colocar em uma interface única, unir informações de evidências, direcioná-las e cruzá-las com as imagens para uma classificação mais precisa. É uma verdadeira revolução que está invadindo o setor de segurança e elevando empresas a patamares de companhias futuristas.
O que norteia a assertividade desses projetos é que eles estão alicerçados em coleta de dados através de análises de vídeo que mostram com precisão os principais riscos do cliente. Não adianta ter a tecnologia e as câmeras mais inovadoras se você não souber informar quais são os principais problemas de segurança, como locais mais vulneráveis à invasão, ambiente de maior valor agregado, espaço com relatos frequentes de acidentes, além de outras peculiaridades. Uma análise de risco apropriada para segurança consegue identificar essas premissas.
Somando uma inspeção dessa categoria e aplicação de inteligência, garantimos que a inovação será aplicada de forma eficiente, considerando a dinâmica da companhia.E é o conjunto de soluções para esses gaps, desde a acuracidade, tecnologias, analytics, consultoria, escolha dos locais de instalação das câmeras, armazenamento de dados e a utilização futura dessas informações, que irá compor o que chamamos de gestão da segurança 360°.
A atuação dos especialistas de segurança é estratégica para que a estação de trabalho, utilizada como plataforma pelo operador, não apenas mitigue riscos, mas atue como uma lupa de oportunidades de melhorias. Felizmente, hoje, já é possível integrar inovações como Inteligência Artificial, técnicas de Machine Learning, analytics, automação e até planos de ação pré-definidos, com as diretrizes de como um operador deve agir nas ocorrências, inclusive, em situações que exigem força física.
Quando isso acontece, entendemos que houve uma análise prévia considerando todos os riscos que deu origem aos devidos planos de contingência que foram programados no sistema. O plano de ação informa como o profissional deve agir, levando em conta sua própria segurança e a da empresa garantindo que ele não exerça um comportamento diferente e que comprometa a credibilidade da companhia.
A gestão da segurança 360° também gera economia ao eliminar tecnologias que podem ser de alta performance, mas muitas vezes são desnecessárias para o objetivo do cliente e servem apenas para deixar projetos com valores onerosos. No entanto, eu considero que a informatização de processos que geram informações registradas e organizadas em dashboards capazes de entregar a visão de cenários é a grande protagonista desses projetos.
Estamos na fase da Segurança Exponencial. O setor faturou mais de R$7 bilhões em 2019. As demandas por câmeras que medem a temperatura corporal ou identificam se a pessoa usa máscara cresceram 121%, em 2020, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança. O mercado está aquecido e as inovações estão acompanhando o mesmo ritmo. Porém, para que esses projetos realmente sejam eficientes, é importante fazer o mapeamento dos riscos e considerar as inovações que podem ser integradas, de acordo com a dinâmica de cada negócio.
*Mário Tranche é gerente de pré-vendas da Avantia